Ana

          Ana foi meu primeiro amor.

          Meu irmão sempre disse: "Um homem apaixonado é um morto que anda".
          Namorei Ana quando eu tinha 16 e ela 17.
          Eu amava Ana. Ela me achava bacana.
          O namoro durou 3 meses. Ela passou no vestibular e foi morar em São Paulo.
          Eu não passei no vestibular e fiquei em Marília pastando.
          Comi grama igual um burro. Estava perdidamente apaixonado por ela. Só pensava nela. Arranjava dinheiro, pegava um ônibus pra São Paulo e ficava passando perto do apartamento onde ela morava. Quando ela aparecia, eu dava um jeito de falar com ela e dizia: "Que concidência a gente se encontrar aqui...". E, depois de muito papo, ganhava uns beijos, dava uns amassos e voltava pra Marília ainda mais apaixonado.
          Depois de um ano passei no vestibular e me mudei pra Floripa.
          Conheci as "guria" da ilha e esqueci a Ana.
          Mas quis o destino que, numa festa de fim de ano, depois de oito anos, eu reencontrasse Ana.

          E ficamos juntos.
          E foi muito bom.

          E no dia seguinte também.
          E na noite seguinte também.
          E voltamos a namorar. Depois de oito anos.
          Como nem tudo na vida dá certo (nem depois e duas tentativas!), nosso namoro acabou porque tinha que acabar. E foi assim.
          Ficou comigo um enorme carinho e boas lembranças.
          Onde quer que você esteja, te desejo tudo de bom.
          Um beijo.

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