Tendendo à zero.
Quanto mais conhecimento, menos felicidade.
Quanto menos conhecimento, mais felicidade.
Vou dar alguns exemplos para vocês entenderem melhor:
Vinho.
Para quem não conhece direito, até um Chapinha suave satisfaz. Uns R$5 resolvem.
Já para quem conhece... até o "terroir" pode ser motivo de insatisfação! R$5.000 talvez seja pouco!
Outro exemplo:
Música.
Para quem nunca tocou nada, qualquer coisa anima, de Xuxa à Aviões do Forró. R$2 no camelô garante a festa.
Já para quem estuda o assunto à fundo, mesmo um equipamento digital de última geração pode roubar a "alma" de uma música ou mascarar o timbre dos instrumentos. R$100.000 pode deixar a desejar pois nada substitui a emoção de ouvir grandes músicos ao vivo.
Veja se não é curioso:
Você já viu o papa ou Dalai Lama dando altas gargalhadas?
Por outro lado é freqüente ver bebês que nem sabem falar mas já se divertem e dão altas risadas para qualquer um que diga bilu, bilu!
Quem me apresentou a curva do conhecimento x felicidade foi um ex-aluno da UFSC que nos deu uma palestra de "boas vindas" para a turma de calouros de Engenharia Mecânica. O cara, que também tinha apelido de Rato, começou a "aula" desenhando o gráfico acima, o nos indicando o que nos esperava pela frente.
Confesso que até hoje, depois de uma graduação e de duas pós-graduações, travo uma luta diária para provar que ele está errado e que é possível sim conciliar conhecimento com felicidade. Por outro lado tenho que admitir que diversão tem sido cada vez mais difícil de encontrar.
Mas não desisto! Acabo de ouvir até o fim um show do Exalta-samba (com abertura do Bochecha) - que estava tocando com o volume altíssimo até uns 10 min atrás num parque de eventos aqui do lado de casa.
Agora que o show acabou, vou dormir que ninguém é de ferro!
Resende, 28 de agosto, 2011. (02:01)
